quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Síndrome do Cromossomo X Frágil

A Síndrome do X frágil (SXF) também é conhecida como Síndrome de Martin-Bell.
É uma doença genética rara caracterizada pelo déficit intelectual entre leve e grave, que pode estar associado a transtornos de comportamento e traços físicos característicos.

É a 2ª causa herdada mais comum de atraso intelectual, e é também a causa conhecida mais comum do autismo. 
Meninos e meninas podem ser afetados pela Síndrome do X frágil, no entanto, devido a que os meninos possuem somente um cromossomo X, a síndrome lhes afeta mais.

Características Físicas
Se tornam mais evidentes após a puberdade:
Face alongada.
Mandíbula proeminente.
Macrorquidia (testículos aumentados), principalmente no adulto.
Orelhas grandes e em abano.

Podem apresentar ainda, ou somente, um ou vários dos traços abaixo:
Hipotonia muscular.
Comprometimento do tecido conjuntivo.
Pés planos.
Hiperextensibilidade das articulações.
Palato alto.

Pectus excavatum.
Prolapso da válvula mitral.
Prega palmar única.
Estrabismo
Escoliose
Calosidade nas mãos (decorrente do hábito de morder as mãos).

Características Intelectuais
É variável, podendo ir desde uma dificuldade de aprendizagem a um retardo grave. 
Geralmente é acompanhado de atraso na fala e na capacidade de comunicação.
Pode apresentar muita desigualdade entre suas habilidades cognitivas. 

Algumas das suas características podem ser bem aproveitadas:
Excelente memória.
Facilidade em identificar logotipos e sinais gráficos.
Geralmente bom vocabulário.
Facilidade para cópia.
Habilidade para leitura.
Uso de jargões e frases de efeito.

As dificuldades estão principalmente na abstração e na integração das informações:
Seguem instruções "ao pé da letra".
Podem dar importância a aspectos irrelevantes.
Fala fora do contexto.
Fala repetitiva.

Ecolalia (a criança repete, ecoa o mesmo som).
Alguns têm prejuízos muito pequenos, com desempenho praticamente normal. 
Outros têm comprometimentos moderados, mas com atendimentos especializados chegam a bons resultados sociais e funcionais. 

Comportamento
Hiperatividade
Impulsividade
Concentração rebaixada.
Ansiedade social.
Dificuldade em lidar com estímulos sensoriais.
Imitação
Desagrado quando a rotina é alterada.
Comportamentos repetitivos.
Irritação e "explosões emocionais".
Traços de autismo como:
- agitar as mãos.
- evitar contato tátil.
- evitar contato visual.
Em geral são pessoas dóceis.

Diagnóstico
É realizado pelo estudo do DNA para detectar a Síndrome do X Frágil.

É feito através de amostra de sangue, analisada em laboratório de genética.
Este teste identifica tanto portadores de pré-mutação como de mutação completa.

Causa
É causada pela mutação do gene denominado FMR 1, localizado no cromossomo X. 

O cromossomo X apresenta uma falha na porção subterminal de seu braço longo (Xq27.3) quando suas células são cultivadas em condições de deficiência de ácido fólico ou que afetem o metabolismo das bases nitrogenadas necessárias para a síntese do DNA.
Esse cromossomo é denominado X frágil - fra(X). 
O pai portador passa o gene alterado para todas as suas filhas, mas não para os seus filhos. 

Tratamento
Terapia genética.
Psicofarmacologia focaliza o uso de medicamentos mais específicos para atenuar ou eliminar os sintomas da síndrome.
Terapias especiais e estratégias de ensino.
Devem ser acompanhadas por neurologista, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional e outros profissionais tanto da saúde como da educação. 

Educadores e terapeutas devem: minimizar estímulos que não sejam tão importantes naquele momento; dividir as atividades em blocos de acordo com seu tempo de atenção; reduzir a necessidade de contato visual e informar a criança sobre mudanças na sua rotina. 
Uso do computador tem sido muito eficiente.
Eles sentem-se bem quando a rotina é seguida.

Como evitar a síndrome
O diagnóstico genético pré-implantação e posterior seleção de embrião livre da doença, ou a seleção de embrião do sexo feminino, pois para evitar uma doença genética grave a norma ética do Conselho Federal de Medicina autoriza a escolha do sexo.

Fonte:
http://www.xfragil.org.br/page.php?tipo=5
http://blog.ivi-fertilidade.com/pt-br/sindrome-do-x-fragil/ 


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